Ptolemy Elrington procura deliberadamente objetos abandonados, lixo ou ferro-velho e procura ver neles algo mais do que aquilo que são. Picasso foi talvez o primeiro a fazer isso com a sua surpreendente cabeça de touro, de 1943, criada através da junção de um guiador e de um assento de bicicleta. Ptolemy, porém, fixou-se em objetos mais modernos e mais industriais: tampões de rodas de automóveis. E, apesar de se poder encontrar uma grande variedade destes objetos usados, não é isso que retira criatividade e sentido estético ao seu trabalho.
Das combinações de tampões ou de partes deles nascem animais - cães, lagartos, dragões ou quaisquer outros que as peças lhe sugiram - mas principalmente peixes. Todos os tampões que emprega nas suas esculturas são encontrados na beira da estrada e trazem com eles marcas do seu uso sob a formas de mossas e arranhões. Ptolemy não encobre de modo nenhum estes vestígios do seu passado que, acredita, dão mais sentido às suas composições. Algo para meditar, numa sociedade de consumo que se desfaz dos seus objetos quando julga que a sua vida útil chegou ao fim ou, apenas, que passaram de moda. Reciclar, reduzir, reutilizar.
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